segunda-feira, 12 de julho de 2010

Samba de amor no escuro

Escute amor o meu samba
E deleita em tua cama
Com o carinho e o prazer
Dessa música insana...

Que trança a noite
E desfecha a madrugada;
Escute esse samba de amor
De amor que transita na estrada.

E eis que vejo um dom
No teu decote escarlate
A minha voz é o tom
E teu esboço é arte...

E então te tomo nos braços
Te beijo nos lábios
Te afago os seios
E teu corpo casto.

Logo me apresso
Sussurro,
Cantarolando esse samba
De amor no escuro.






O pensamento mora no amor

Era uma casa, não era convencional. Nela morava o pensamento que pairava no ar. Que ofegava, sussurava, temia. E entre o tremor e a calma, trafegava nas veias, vértebras...sangue, coração...pulsar. E num pulso distante, batia.
E a casa tinha as portas abertas, para quem quisesse entrar. E à ela visitaram a insegurança, o desespero e a esperança. E em seus espelhos muitos se olharam. E em sua sala, muitos dançaram. E na sua mesa, muitos comeram. Na sua cama, muitos dormiram. Amaram. (A casa era o abrigo)
O pensamento às vezes solitário, tornava-se espectro no espaço, no corpo, na mente. Era o habitante, o morador. A casa era tão pouco um território. A casa era o seu lugar. A casa era o amor.