sábado, 27 de novembro de 2010

A sepultura

No opaco desfecho da noite
Quase próxima a madrugada
Onde os olhos se confundem
No calado escuro,
Alguém se esconde
Alguém se ouve chorar
De arrepio se encolhe
Sem nem sombra deixar

Um pranto leve
Quase como um suspiro
Quase como uma prece
No beco escuro,
Num mistério tremendo
No coração ferido
Por algum sentimento
É certo o castigo

E no opaco silêncio da noite
Já chegando a madrugada
Onde já não havia olhares
Onde já sem prantos
E sem suspiros
E sem mais nada
Alguém enterrou o amor
Na noite fria e calada