quarta-feira, 23 de junho de 2010

Trinta milhões de miseráveis

Trinta milhões de miseráveis

Sobem os morros

E descem vazios

Com febre, bexiga

Homens vadios

Trinta milhões de miseráveis

Suam o trabalho

Exalam seu cheiro

De fome, de guerra

São homens da terra

Trinta milões de miseráveis

Juntam seus trapos

Embebedam a alma

Engolem a seco

A dor e a calma

Trinta milhões de miseráveis

Calos nos pés

Areia do cais

Uns dias até

Outros jamais

Trinta milhões de miseráveis

Trinta milhões de miseráveis

Trinta milhões de miseráveis

Com febre, com fome

Com trapos de guerra

Exalam o trabalho

Engolem a terra

Um comentário:

  1. ficou maravilhoso minha poetiza preferida!
    amanhã darei uma sugestão a respeito da poesia! ;)
    beeeeijos,

    da sua praga de todos os dias!!!

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