terça-feira, 30 de junho de 2009

O que fazer com a sua fé?

Um dia desses alguém me disse que algumas vezes é preciso ‘’mudar de ares’’ para nos encontrarmos.
Certo dia quando viajei à Brasília e tinha passado por algumas situações desagradáveis, percebi o quanto a vida (ou Deus, ou qualquer sobrenatural) nos surpreende. Recebi a visita de verdadeiros anjos que me disseram que não deveria temer meus pesadelos, não deixar que meus medos me afligissem...e que chorar nem sempre é sinônimo de fraqueza.
...o mundo é assim,
você pode nunca saber
onde depositar toda a sua fé,
e como ela irá crescer?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Tão pouco é demais?

É possível mudar o mundo através das borboletas?
Se ‘’Tão pouco é demais’’ eu diria que sim...
Já que podemos mudá-lo através da poesia!
[‘’ Tão pouco é demais’’ foi o nome dado ao curta metragem apresentado no projeto Oficinas Telebrasil no Cinemark de Campo Grande no dia 20 de Junho, por volta das 11h... Parabéns a competentíssima equipe!]

terça-feira, 23 de junho de 2009

Desafinando

Se você disser que eu Desafino, amor
Saiba que isto Em mim provoca imensa dor
Só privilegiados tem um ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo Argumentar
Que isto é bossa nova que isto é muito natural
O que você não sabe e nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Roleyflex
Revelou-se a sua enorme Ingratidão
Não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar, viu
Você com A sua música esqueceu o principal
É que no peito dos Desafinados
No fundo dO peito bate calado
No peito dos desafinadoS
Também bate um coração.

Baião de três

Todos olhavam as bandeirinhas coloridas lá no alto, poucos dançavam, outros apenas observavam e ‘chacoalhavam’ o corpo devagar, assim meio sem ritmo, meio sem ginga, quase sem querer.Ela com seu passo tímido tomou a ladeira e com o molejo mais atraente despertou olhares. Agora o vermelho picante do seu vestido rodopiava sem que fosse possível parar para acompanhar. Três deles queriam entrar na dança, um recuou, outro arriscou e o último o seguiu.Deram-lhe uma rosa e ‘’gingaram’’ junto dela. Agora um círculo de pessoas os cercavam querendo mesmo era saber o fim da história. Esse ‘’baião de três’’ quase se fez ‘’quadrilha’’ quando um deles apegou-se por ela que teve afeto pelo outro.A revolta do ‘’mal amado’’ o fez ferir seu adversário e depois seguiu seu rumo. A jovem que não o quis, encontrou no frevo o amor do manhoso boêmio que nem do ‘’causo’’ era sabido.

Conversas ao vento

Estava um dia desses em casa a procura de algo para escrever e então uma amiga me ligou dizendo que passaria para irmos tomar um sorvete e ‘’jogar papo fora’’ como se diz. Aceitei o convite e então nos encontramos. Chegando lá, um lugar legal, bem arejado, com algumas mesinhas externas, uma decoração ‘’verde limão’’ e servia sorvetes de frutas típicas da região, além dar com a frente para um parque fechado, bem arborizado onde as pessoas costumam levar as crianças para brincar, onde muitas caminhavam, entre outras coisas.E pensando bem, esse lance de ‘’jogar papo fora’’ foi um tanto interessante, pois surgiram assuntos sobre cinema, falamos sobre as experiências que estávamos tendo na faculdade, sobre arte, filosofia, enfim, coisas que me fizeram refletir.Um assunto que sempre discutimos é cinema e, até porque somos ‘’fãs’’ desses programas caseiros. No entanto temos um gosto eu diria um pouco fora do comum para não dizer ‘’estranho’’. Filmes americanos, por exemplo, existem finais mais previsíveis como ocorre nestes?! Claro que têm aqueles que nos surpreendem com uma boa história, mas sempre possuem um jeito ‘’americanizado’’ de atuar que não me agrada muito.Um filme bom não seria apenas uma boa história, mas também, um bom enredo, uma boa atuação, um bom cenário, com um bom clímax, e algo de comovente, além de ‘’um quê’’ de sarcasmo e algumas metáforas que nos fazem pensar.Chegar a uma locadora e vasculhar a sessão de comédia e romance americano não faz meu estilo, a não ser que seja humor negro (muito mais interessante) ou romance dramático, histórico, com algo surpreendente. Considero que ler resenhas também seja tarefa fundamental na escolha do filme. Não sou ‘’expert’’ no assunto, mas para quem ainda não teve experiências com esses estilos mais ousados de se ‘’fazer cinema’’, vale tentar. E não dispense oportunidades de ‘’jogar conversinhas ao vento’’.

Conheces História?


Viajei com minha família para passar parte das férias em Porto de Galinhas, Recife - PE e além de me surpreender com a beleza natural do lugar, percebi o quanto tudo envolve História. A caminho da praia o guia nos explicava a origem do nome. A denominação surgiu a partir do tráfico de escravos e como ''a lei'' já havia proibido essa ação os senhores utilizavam de códicos para explicar que chegavam mais negros. No início diziam: '' tem galinha nova da Angola no Porto!'' e esse termo foi sendo reduzido até que deu origem ao que conhecemos hoje.
Mas isso não foi tudo, descobrimos que a economia atual do Nordeste, mais especificamente Pernambuco, onde não prevalece o sertão àrido, é baseada no Turismo e principalmente nas plantações de cana, que devido ao relevo ainda é cultivada de forma primitiva, ou seja, sem utilização de máquinas.Já de volta, optamos por passar o dia em Recife e Olinda. E novamente com a ajuda de um guia turístico tivemos acesso as casas antigas que se 'enfeitavam' de diversas cores para que (como não possuiam números), pudessem ser identificadas.
As prisões antigas, onde abrigavam em sua maioria escravos, nos faz reviver um pouco de tudo que nos é contado, as ladeiras por onde descem e sobem os frevistas no carnaval dando com a mão para as freirinhas nas janelas dos conventos e as igrejas antigas com seus altares cobertos por um ''véu'' de ouro são muito empolgantes.
E para quem curte a ''magia'' da História...

A peça

Ai de mim, que sou espetáculo da vida
Que habito nesse palco
Que enceno, ensino e aprendo...
Ai de todo ser que vive nela
Que vive por entre as máscaras
Que por ela sofre, sente e zela

Somos todos os fantoches
Somos os artistas, atores
Para a vida somos a razão
Essa gente anda,anda, corre
Vive, vive, morre
E na fé, a oração

Há pelos caminhos
Flores e também espinhos
Que ferem o coração
Na vida o que permanece
É a alma que não padece
Pois o corpo se está no chão