segunda-feira, 20 de julho de 2009

Material de amor

Ao te lançar olhares, sinto a sua parte em mim, no fundo do peito, dá-me palavras à boca. Repare os meus versos. Olha pra mim, sem rima, sem jeito, sem ginga. Agora até meu tom mais desafinado fala do meu amor. Meus dedos gelados tocam no ar sua silhueta provida da minha mais delirante imaginação. Papéis se partem e são atirados nos cantos vazios. Sinto a confusão das estrofes mal acabadas. Sentimentos incapazes de serem ditos ou escritos, são apenas sentidos. Queria ‘’poetar’’ até que minhas palavras transbordassem e alcançassem seu peito. Posso te cantar, te ninar, te abraçar, até aprender a dançar. O mundo é o centro do seu universo de ritmo e se tornou dentre os meus mundos o mais importante universo. E você corre tanto que não percebe, e eu observo, de longe, de perto. Inspiro e lhe ofereço esses versos. Transcrevo-te na areia e te guardo para que não desgastes tua poeira. E te ofereço humildemente esses versos.

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